quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Ousado Sonho, acompanhado por ABBA
OUSADO SONHO
Eu tive um sonho
Que me encheu a noite
E se fez diáfano
Ante o manto cinza do luar.
Pela mente aquecida
De uma noite estival
Senti-me assaltada
Deslumbrada
Pela figura de um mítico Adónis
Que generosamente
Parecia ofertar-se-me
De sua Afrodite se olvidando
Sereno de mim se acercando.
Incapaz de dizer não
Ao libertino aceno
No mais intimo de mim
Floresce ébrio desejo
De a Adónis
Amorosamente me entregar.
Adversos sentimentos
Entretanto
Dentro de mim se esgrimem
Numa luta desigual
E quando a contenda
Para o mítico grego se inclina
Bonançosa aurora me desperta
Me chama à lídima razão
E num sussurro me diz:
Adónis, não.
Olema
"Partir"-Veríssimo Salvador, meu pai
PARTIR
Vais partir, vais me deixar,
Cansado já de esperar,
O amor que nunca veio.
Vais me deixar n’agonia,
Meu coração que um dia,
Amou o teu com receio…
…De que tu inconsciente,
Depois quando ausente,
Jamais m’evoques a mim.
Vás, talvez, evocar outro,
Que como eu não foi louco,
Em te amar tanto, assim…
…A modos de loucura,
Mas eu sinto a amargura,
Por tanto amor te ter.
Porque o teu amor cruel,
Por um desejo fiel,
Deixar-me-ia morrer…
Veríssimo
Nota: À memória de meu pai, que não tive já a dita de conhecer, dedico este poema de sua autoria e que demonstra o jovem apaixonado que foi.
Cansado já de esperar,
O amor que nunca veio.
Vais me deixar n’agonia,
Meu coração que um dia,
Amou o teu com receio…
…De que tu inconsciente,
Depois quando ausente,
Jamais m’evoques a mim.
Vás, talvez, evocar outro,
Que como eu não foi louco,
Em te amar tanto, assim…
…A modos de loucura,
Mas eu sinto a amargura,
Por tanto amor te ter.
Porque o teu amor cruel,
Por um desejo fiel,
Deixar-me-ia morrer…
Veríssimo
Nota: À memória de meu pai, que não tive já a dita de conhecer, dedico este poema de sua autoria e que demonstra o jovem apaixonado que foi.
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