quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ode à Criança



É urgente atentarmos na criança
Não a vermos na palavra vã
Promessa de futuro, delicada faiança
Vislumbremos nela o homem de amanhã

Os teus olhos vivos da infância
Espelham a pessoa que já és
Promessa de vida, esperança
Do abjecto homem o invés

Deixa que te celebre pequenino ser
De ti afastada anda a consciência
Urge que em ti se volte a ver
Do humano bom senso a essência

De vis processos vencendo algo
Asquerosos actos perpetrados
Há que por a tua inocência a salvo
E aqueles que te molestam condenados

O homem deste tempo perdeu o norte
Na busca de prazeres inconfessáveis
Há que impor-lhe o justo porte
Dar-lhes a condição de miseráveis