É urgente atentarmos na criança
Não a vermos na palavra vã
Promessa de futuro, delicada faiança
Vislumbremos nela o homem de amanhã
Os teus olhos vivos da infância
Espelham a pessoa que já és
Promessa de vida, esperança
Do abjecto homem o invés
Deixa que te celebre pequenino ser
De ti afastada anda a consciência
Urge que em ti se volte a ver
Do humano bom senso a essência
De vis processos vencendo algo
Asquerosos actos perpetrados
Há que por a tua inocência a salvo
E aqueles que te molestam condenados
O homem deste tempo perdeu o norte
Na busca de prazeres inconfessáveis
Há que impor-lhe o justo porte
Dar-lhes a condição de miseráveis
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