segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Dedicatória

À minha filha Cristina pelo seu aniversário


Nesses dias raiando a primavera
Ouvem-se ao longe murmúrios de cascata
Qual réstia de luz divinal quimera
Vislumbra-se humana indizível nata

Menina linda acaba de nascer
No mundo dos homens cerce se abalança
Não veio ao mundo para se deixar vencer
Que não a satisfará ser pomba mansa

Nasce com ela o sonho de ser gente
A garra de vencer lhe vem na alma
Humanos valores lhe enchem a mente
E não vai intruso vil levar-lhe a palma

Os obstáculos leva-los de vencida
Que o destino tens por bem fadado
O teu sucesso, filha, na vida
É para mim sonho realizado


Nos sussurros que chegam da montanha
Há murmúrios de água cristalina
O bom senso é sempre ele que ganha
O seu nome haverá de ser Cristina

MATILDE

(Texto de Ana Martins, querida amiga)

A estrela da festa envergava um vestidinho azul. Chamava-se Matilde e nem as hastes rosas que lhe pendiam no nariz escondiam o belo sorriso de "mundo meu", comum a todas as crianças. A todas as crianças felizes!
Às gargalhadas e aos pulos, dourou-nos o final da tarde, acariciou timidamente e baptizou garbosos cavalos. Até conheceu um gatinho que um dia, se comesse muita palha, seria também um belo cavalo - disse-lhe um senhor de certa idade. Mas Matilde, inteligente e perspicaz como só ela, logo percebeu que os gatos bebem leitinho e que o senhor, coitadinho, de já tão avançada idade não dizia coisa com coisa.
Nessa noite, quando as estrelas do céu quase outonal a vieram render, adormeceu em materno colo, enquanto as pessoas grandes se calavam a ver umas outras a fazerem umas figuras muuuito estranhas... Uns dizem que os gatos serão cavalos, outros rastejam pelo chão com a cara pintada com um ar muito sério e mau... Este mundo de adultos é mesmo estranho.
Por isso era hora de dormir, desfrutar daquele pequeno pedaço de tempo que a vida nos oferece, em que o mundo dos sonhos é igual ao mundo real: repleto de fadas, princesas, lápis de cor, plasticina, sorrisos e alegria. Uma imensa alegria! Tal como foi tê-la connosco.


Dedicado à Matilde, que tive o prazer e a alegria de conhecer em Guimarães.

 
-Ana
Este conto está uma ternura, que a nós mesmos por razões evidentes nos enternece de uma maneira especial. Só temos pena que a Matilde não tenha ainda maturidade para o agarrar. Mas tentando hoje relembrar-lhe a história do gatinho e do cavalo, ela foi pronta na sua observação:” mas era um gatinho porque comia leite!”
O que significa que neste pequeno espaço de tempo já o seu pequeno cérebro deu um saltinho de pardal.
Ficamos muito sensibilizados com o seu gesto e vamos tomar a liberdade de o colocar no nosso blog, está bem? Uma vez mais lhe queremos manifestar a nossa gratidão pelas palavras tão gentis e amigas feitas verdadeiro poema, que dedicou à Matilde (e para todos os efeitos a nós).

Beijinhos dos três
Olema, Antonius e Matilde

-Meus queridos amigos:

Quase dois meses se passaram desde que postei este textinho. De facto, a Matilde é uma menina absolutamente encantadora que nos brindou com a alegria e energia durante um jantar em Guimarães. Que me perdoem os intra-incionistas, mas ela foi a verdadeira estrela da festa! Rssss

Não é de facto meu hábito não vos responder individualmente, mas desta vez abrirei uma excepção.

Mando-vos beijos gratos pelos comentários que fizeram e para a Olema e o Sr. Bernardino, envio um grande abraço de afecto e de parabéns pois estão a fazer desabrochar uma bela menina!

Ana

 

Dedicatória

Salvé minha sandra querida
Que o meu amor acalenta
Um amor que não tem medida
E não te importe entrar nos «enta»

Prometeste-me tu um dia
E é sagrado o que dizes
Prometeste-me um relógio
Para marcar só horas felizes

Devolvo-te a promessa
A de quem sente o que diz
Tenha eu nas minhas mãos
Poder fazer-te feliz

Alegre anseio ver-te
Sorrir para todo o mundo
Ver teus olhos brilhar
Com olhar vero, profundo

Acredito que vem aí
Esse dia de encantamento
O teu anjo protector
Não te esquece um só momento

(À Sandra pelo seu quadragésimo aniversário)