quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Há um ser dentro de mim

Há um ser dentro de mim



Às vezes regresso no tempo
Ou é o tempo que regressa em mim
De repente sinto-me criança
Sentimento que
Enternecidamente acarinho
Porventura a criança
Que em mim habita
Que tem morada em todos nós
Valiosa herança de nossos avós
Porque mistério impenetrável
Na sua vida eu vivi
No seu sentir eu senti
Pelo seu ser passei
Num passo adiante que dei no tempo
Emergi das cinzas
Consciente de novo me fiz
Mas esse ente
Que dentro de mim mora
Às vezes sinto-o soltar-se
Mas nunca perder o modelo
Que lúcido em mim vê

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