sábado, 4 de setembro de 2010

Os meus olhos teu guia

Se estou desperta

Basta que abra os olhos

E a coisa mais simples acontece

Eu vejo, reconheço as coisas

Sinto-me mergulhar

Num mundo de luz e cor.

Mas de trivial que é

Aquilo que vejo

Não me dou conta do milagre.

Mas se penso e me ausculto

Se entro dentro de mim

O incrível faz-se evidente.

Não atinjo, não atino

Na incapacidade de ver

Que a escuridão me atormenta

E a falta de luz não me apascenta

Na ânsia natural de viver.

Entretanto sinto-me ter que ver

Com algo que me é importante

E o maravilhoso acontece

Ao ver que pelos meus olhos

Outra humana criatura

Caminha com segurança

E ousado se abalança

A fazer coisas de monta

Em que ler e escrever

Porventura voltar a sonhar

Tem de relevo um lugar.



*Dedicatória ao meu companheiro de todas as horas, A. B.

Com carinho,
Olema

Sem comentários:

Enviar um comentário